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11. CAPÍTULO ONZE

CAPÍTULO ONZE
ato um: cálice de fogo

HERMIONE ESTAVA NO fundo da biblioteca na seção de Literatura Trouxa, ela não ficou surpresa que havia uma seção dedicada à literatura de seu mundo, já que era provável que aqueles que faziam Estudos Trouxas tivessem que ir a essa seção com frequência. Por que ela estava na biblioteca quando eles tinham uma semana de folga nas férias? Além de querer ler algo casual naquela semana, ela queria ver se algo naquela seção a ajudaria a entender melhor o que ela sentiu na noite passada depois do beijo com Krum. Ela estava com medo de perguntar a alguém sobre isso, bem, especificamente a Ginny, já que ela não confiava em mais ninguém para falar sobre esse tipo de coisa.

Harry e Rony não entenderiam, eles gostavam de garotas e era algo sem problemas para eles, mas Hermione não deveria sentir essas coisas de acordo com o mundo trouxa e ela precisava procurar respostas nas coisas trouxas. Resolveu fazer uma leitura simples pegando O Mágico de Oz, com o livro na mão esquerda continuou verificando a estante que estava empoeirada devido ao óbvio desinteresse dos alunos pela literatura trouxa.

Uma seção no final do corredor tinha alguns livros e ela se aproximou, havia livros de poesia e outros, ela pegou alguns lendo os autores, Virginia Woolf, Safo, Dickinson, nenhum deles lhe era familiar. Mas um dos livros que lhe chamou a atenção foi aquele intitulado "Cartas de Vita Sackville-West e Virginia Woolf". Ela não sabia por que, mas rapidamente o pegou e levou consigo, escreveu seu nome no pequeno cartão da biblioteca e caminhou até seu quarto. Ela iria encontrar Erika depois do almoço para conversar sobre as coisas, exatamente como ela disse a ela na noite anterior, ela não podia deixar de se sentir envergonhada por Erika ter visto ela chorar daquele jeito, causando-lhe tristeza suficiente para ir e deixá-la na sala comunal.

Ela caminhou rapidamente até seu quarto, deixando os dois livros na mesa de cabeceira e depois pegou um lenço e saiu em busca de Erika, o dia estava ensolarado mas a neve da noite anterior criou um pouco de umidade então era melhor não sair sem roupas quentes.

Hermione caminhou pelo primeiro andar e pelos jardins, mas não conseguiu encontrá-la, nem Cedric ou qualquer um de seu grupo de amigos, então era provável que eles estivessem na sala comunal. Derrotada, ela decidiu voltar para sua sala comunal e começar a ler um dos livros que havia pegado, mas quando subia as escadas para ir ao segundo andar se deparou com algumas garotas de Beauxbatons com quem havia conversado a noite antes, entre elas estava Fleur Delacour e uma garota com quem ela tinha visto Erika conversar mais de uma vez. Ela não tinha percebido mas Fleur parecia mais relaxada do que no primeiro mês em que chegou, talvez ela estivesse lentamente se acostumando a ficar longe de seu país natal.

Elas se cumprimentaram com um sorriso rápido e Hermione subiu rapidamente as escadas sem perceber o olhar escuro de Adrienne a seguindo lentamente.

Chegando no terceiro andar ela viu Viktor Krum andando com outros alunos de Durmstrang e alguns sonserinos, ela não estava preparada para encarar Viktor quando sua mente estava uma bagunça então ela se virou e voltou pelo caminho por onde veio, talvez passando um tempinho nos jardins não seria tão ruim.

O jardim interno já tinha alguns alunos e, para ser sincera, ela não queria estar perto de gente naquele momento. Ela se virou rapidamente e parou quando viu algo familiar sentado perto de um dos corredores. Ele guardava um colar de ouro na pequena bolsa que tinha na barriga como se ninguém estivesse olhando, mas quando percebeu que estava sendo observado, parou e ficou imóvel como se fosse desaparecer. Barto, o Pelúcio, estava fazendo seu trabalho de novo, o que poderia significar que Erika estava por perto.

Seu raciocínio não falhou porque do nada ela viu alguém se jogar no chão, caindo de barriga para baixo e com os braços estendidos, fazendo com que a criatura permanecesse em suas mãos. Ao levantar a cabeça, pôde ver seu sorriso satisfeito e acusatório. Quem sabe desde quando? A Lufa-Lufa se levantou olhando vitoriosa para Barto e ao levantar a cabeça percebeu que não estava sozinha, ficou surpresa ao ver Hermione a sua frente olhando para ela com um sorriso suave.

— Hermione... olá. — Erimw cumprimentou um pouco tímida, acariciando o Pelúcio em seus braços. — Ele não tirou nada de você?

Hermione negou imediatamente. — Ele é inocente no meu caso.

— Ótimo, eu estava ajudando o Hagrid a alimentá-los e ele fugiu batendo na minha cara. — Erika explicou, virando o rosto para que a Grifinória pudesse ver a marca de uma pata do Pelúcio em sua bochecha.

— Você vai devolvê-lo para o Hagrid?

Erika assentiu imediatamente, lá Hermione encontrou a oportunidade de falar com ela, havia praticado suas desculpas muitas vezes seguindo o conselho de Harry e Ginny, Rony não contribuiu muito já que Erika parecia bastante irrelevante para ele no momento e ele não conseguia pensar em qualquer coisa para dizer para ajudar ela, o que era justo na opinião de Hermione. O melhor momento era ficar sozinha sem interrupções e onde Erika se sentia confortável, essa era a desculpa perfeita para Hermione.

— Quer que eu te acompanhe? — Hermione perguntou, esperando que a menina percebesse sua intenção.

— Claro! Tenho certeza que Hagrid ficará feliz em ver você. — Erika respondeu com um sorriso.

Hermione pensou que a intenção com que ela queria acompanhá-la não havia sido esclarecida e pigarreou, chamando a atenção de Erika.

— Espero que você se lembre disso... Eu pedi para você falar hoje.

Erika piscou e acenou com a cabeça em resposta sem apagar o sorriso. Ela não tinha uma memória tão ruim quanto muitos pensavam, talvez sua mente apenas eliminasse as coisas não tão necessárias para viver.

— Claro que lembro, afinal não é como se você tivesse outro motivo para ir devolver um Pelúcio comigo. — Erika respondeu com seu sorriso ficando um pouco triste.

— Oh? Mas... É engraçado, se eu realmente não quisesse te acompanhar e só conversar eu teria pedido que você me procurasse depois que terminasse. — Hermione respondeu honestamente.

Erika assentiu lentamente em compreensão, a Grifinória estava certa nesse sentido, ela não estava acostumada com as pessoas indo ver as criaturas fora do horário de aula, ela só via Hagrid e aquela garota loira da Corvinal que era uma companhia agradável.

— Isso é... Muito bom, na verdade. — respondeu a Lufa-Lufa, começando a caminhar em direção à cabana de Hagrid seguido por Hermione. — Geralmente as conversas morrem quando tenho a oportunidade de falar sobre isso.

— E seus amigos?

— Claro que eles me escutam, não é que eu fale de alguma criatura o tempo todo mas procuro evitar mesmo assim, afinal é um assunto e ninguém quer falar de escola o tempo todo, muito menos eu. De vez em quando me perguntam coisas casualmente para que tudo fique equilibrado. — Erika respondeu com um sorriso enquanto seguiam pelo caminho. — Embora, é claro, eles nem sempre vão querer visitar Hagrid para ver criaturas fora da classe.

Quando se aproximaram da cabana de Hagrid, conseguiram avistar o meio-gigante em seu jardim. Ele estava transportando alguns sacos de comida para uma carroça, possivelmente para levá-los para a reserva que ficava a alguns quilômetros de distância, ele se virou e as duas figuras das estudantes finalmente chegaram à periferia do jardim. Hagrid suspirou de alívio ao ver que Erika havia retornado com o Pelúcio. Se Dumbledore descobrisse que um Pelúcio estava solto na escola, ele certamente iria repreendê-lo, ou até mesmo McGonagall.

— Que bom que você encontrou! — o homem disse caminhando alegremente em direção a elas. Ele olhou para Hermione e sorriu gentilmente. — Olá, Hermione, o que traz você aqui?"

— Ah, eu... Eu estava acompanhando a Erika para devolver o Pelúcio. — ela respondeu, de repente se sentindo deslocada.

— Hermione o encontrou, Barto tentou fingir que estava desaparecido quando o descobriram. — Erika explicou com um sorriso olhando para a criatura, durante o modo como ela havia adormecido causando um pouco de ternura. — Você vai para a reserva?

Hagrid assentiu imediatamente olhando para o carrinho de mão onde carregava quilos e quilos de comida, Hermione se perguntou se era comum a Lufa-Lufa ir ver Hagrid para ir até a reserva. Nas vezes que ela, Harry e Ron visitaram Hagrid ela não a viu andando por aí, quão distraída ela estava para não notar a presença de Erika Frukke ao seu redor?

Hagrid perguntou a Hermione se ela poderia ir com eles para a reserva e a garota imediatamente concordou. Eles começaram a seguir um caminho de terra que contornava a pequena floresta dentro da escola. A Grifinória podia ouvir os dois conversando sobre as aulas.

— Ah, Erika, assim que terminarmos de ver os Kneazles, no mês que vem vocês vão começar a ver os unicórnios. — Hagrid comentou soltando uma grande risada de satisfação.

— Unicórnios?! — Erika exclamou surpresa, essa que foi transmitida para Hermione. — Mas, Hagrid, como você conseguiu um unicórnio?

— Há uma razão pela qual eles veem criaturas perigosas apenas uma ou duas vezes durante o mês, eles devem retornar para a floresta proibida onde vivem. — Hagrid explicou. — Os centauros são bastante amigáveis ​​e me ajudaram a encontrar alguns para a aula, você deveria conhecê-los, eles provavelmente gostam de você. — ela comentou animado.

Erika coçou a testa um pouco nervosa, ela não tinha certeza se isso era verdade. Os centauros eram complicados porque desconfiavam, e com razão, dos humanos em geral. Hagrid tinha um talento inato para interagir com criaturas e outros seres da floresta, Erika estava muito longe de ser como ele.

Um caminho de cascalho os levou a algumas pequenas colinas gramadas onde, cercadas por cercas e possivelmente feitiços de proteção, havia uma reserva de criaturas. Era gigantesco, ocupava grande parte daquela terra na frente deles, Hermione já tinha ouvido falar da reserva mas nunca a visitou. Assim que entraram lá estavam os Pelúcios, as criaturas tinham tudo que precisavam para ficarem ali sãs e salvas, algumas moedas e coisas brilhantes além de árvores para subir e correr. Erika abriu a cerca do Niffler e deixou Barto entrar, ele já havia caminhado muito para fora de sua casa.

— É... Incrível. — murmurou Hermione olhando em volta.

Criaturas voando livremente, cada criatura tendo seu próprio ambiente necessário para se sentir confortável e saudável.

— É sim! Tudo graças à mãe de Erika. — Hagrid exclamou e seu rosto fez uma careta. — Eu não deveria ter dito isso...

Erika olhou para o professor com as sobrancelhas unidas em uma expressão de quase compaixão. Hermione olhou para ela rapidamente assim que ouviu Hagrid dizer isso. O que isso tem a ver com a reserva?

— Está tudo bem, Hagrid, não se preocupe. — Erika riu e depois olhou para Hermione. — Minha mãe propôs a ideia de uma reserva para criaturas aqui em Hogwarts de acordo com o que Danielle me contou, que Sprout contou a ela e Sprout contou a Dumbledore...

— Afinal, está na família. — Hagrid concluiu, carregando o carrinho de mão. — Está quase na hora do almoço, vocês deveriam voltar para comer alguma coisa, a caminhada é longa.

Erika olhou para o relógio, já eram 12h30 então elas decidiram seguir o conselho de Hagrid e voltar para o castelo. Elas caminharam em silêncio colina abaixo, a brisa fresca fazia o ar que respiravam parecer limpo e relaxante, seus passos na grama com pequenas manchas de neve preenchiam a atmosfera silenciosa criada entre elas. Hermione estava pensando em como criar o ambiente perfeito para pedir desculpas, deveria ser perto da reserva? Ou talvez um pouco mais alto? Ela estava muito nervosa, pois não queria deixar a Lufa-Lufa mais irritada. Finalmente, quando chegaram ao caminho que as levava ao castelo, Hermione parou. Ao perceber a ausência dos passos da grifinória, Frukke parou e olhou para trás com curiosidade ao ver os olhos castanhos de Hermione olhando para ela com determinação.

— Eu... Eu queria me desculpar e explicar tudo. — Hermione disse determinada a ser ouvida.

Erika olhou para ela por alguns segundos sem qualquer tipo de expressão, assentiu lentamente e se aproximou dela, apontando os degraus para que elas pudessem se sentar já que avisou que o pedido de desculpas de Hermione seria um pouco longo.

— Bom, eu queria me desculpar por ter feito você acreditar que eu só me aproximei de você para saber se você era alguém perigoso, bom, no começo era assim, quer dizer... Não te causaria curiosidade ver isso? Alguém do ministério estava olhando com raiva para uma estudante de Hogwarts que passou despercebida todo esse tempo? — Hermione perguntou quase animada e mexendo as mãos enquanto explicava. — Eu queria saber o motivo de tudo isso, descobri sobre sua irmã e investiguei ela pensando que talvez ela tivesse feito algo para ganhar a desconfiança de alguém tão importante em o ministério, mas não. — ela suspirou olhando para os próprios pés juntos no chão. — Durante o tempo que conversamos percebi que você era alguém legal, que gostava muito da sua companhia mesmo que você não falasse muito. — Hermione suspirou com coragem e olhou para a garota ao seu lado que a olhava atentamente com um leve sorriso no rosto. — Eu nunca contei para Rita Skeeter que fiz uma pesquisa sobre você e nunca faria isso, nunca venderia informações de amigos para alguém para limpar minha reputação.

— É bom saber. — Erika murmurou, mantendo o sorriso.

— Eu não poderia te perguntar diretamente "Ei, sua família está envolvida em algo obscuro ou por que o ex-ministro da magia quase te matou na nossa frente?" — ela resmungou mordendo os lábios. — Nunca tínhamos nos falado, era uma pergunta invasiva. Mas no momento em que estive te abordando para saber mais sobre seu passado e presente, resolvi deixar de lado a busca por sua família, você não é perigosa e sua irmã também não. Você... Não pediu para ser filha de alguém como ele.

Erika assentiu e olhou para a grama à frente delas, levemente coberta de neve com setores verdes e outros cobertos de branco. Erika já havia perdoado Hermione desde que ela pediu com ela falar para se desculpar, mas ter o contexto e a explicação a fez entender tudo e perdoá-la mais. Talvez ela estivesse sendo muito mole?

— Além disso, eu não ia parar de falar com você, não ia mesmo, mas...

— Eu perdôo você. — Erika disse interrompendo-a, Hermione parou de falar imediatamente e olhou para ela com surpresa. — Era o que eu queria ouvir, para ser sincera. É bom saber seus motivos, um pouco estranho se você me perguntar, mas me colocar no seu lugar é compreensível.

— Se colocando no meu lugar...?

— Bem, eu fui a suspeita número um de invocar a marca do homem que assassinou os pais do seu melhor amigo sem qualquer contexto. Além disso, você é bastante curiosa e toda vez que tem uma dúvida busca o motivo e as circunstâncias até chegar ao fim de tudo. — Erika explicou, ainda sem olhar para ela e sorrindo enquanto falava. — Você não só queria proteger seus amigos, como também teve suas dúvidas e as resolveu. Você já sabia que meu pai era um Comensal da Morte quando a notícia foi publicada?

— Não... Só encontrei o anuário dele. — Hermione respondeu quase em um sussurro, quase surpresa ao ouvir o nível de empatia de Erika.

— Oh. — Erika assentiu, elas permaneceram em silêncio por alguns segundos até que Erika falou novamente. — Sinto muito que Skeeter tenha tomado você como alvo pessoal, há três artigos onde ele menciona você, certo?

Hermione acenou com a cabeça em aborrecimento. — Tudo porque eu a confrontei um dia quando a vi em Hogsmeade, aquela mulher é infame. — ela rosnou fazendo a Lufa-Lufa rir.

Erika se levantou e esticou o corpo, a caminhada de ida e volta até a reserva era exaustiva e a busca pelo Pelúcio a havia esgotado. Ela olhou em direção à cabana de Hagrid, Fang dormia pacificamente no jardim graças ao pouco barulho que havia, as abóboras pareciam gigantescas e os corvos passavam por cima dela em um bando gigante. Caminhar de vez em quando ajudou a perceber o que estava ao seu redor.

E Hermione estava percebendo o que estava ao seu redor. Ela levantou a cabeça para ver Erika que olhava para frente com um sorriso, a brisa balançando seus cabelos não tão curtos, seus olhos azuis que agora olhavam para ela com uma careta anunciando que deveriam continuar andando, Hermione automaticamente obedeceu e continuou a subida em direção o castelo em silêncio, ela estava nervosa e não sabia se era porque finalmente havia se desculpado ou porque havia esquecido alguma coisa. Ela olhou novamente para Erika que caminhava em silêncio e parou quando chegaram à entrada. Granger seguiu o olhar dela e viu uma garota parada olhando para a garota de olhos azuis com um sorriso. Adrienne Dumont.

A francesa se aproximou de Erika lentamente e foi recebida por um sorriso nervoso dela.

— Onde você estava? — a francesa perguntou curiosa. — Fiquei te procurando o dia todo.

— Ah, eu estava no Hagrid devolvendo um Pelúcio ao lado de Hermione. — Erika explicou com um sorriso, olhando brevemente para Hermione quando a mencionou.

Adrienne olhou para Hermione com seu sorriso desaparecendo quase lentamente para olhar rapidamente para Erika.

— Ah, ótimo. Eu preciso falar com você. — ela disse rapidamente, fazendo Erika suspirar, parecia que todos queriam conversar com ela naquele dia.

A Lufa-Lufa olhou silenciosamente para Hermione quase se desculpando por tê-la deixado, Adrienne também olhou para a garota e Granger apenas levantou as mãos em sinal de que estavam livres para ir embora. A francesa sorriu falsamente para ela e, pegando Frukke pelo pulso, conduziu-a pelo corredor com passos rápidos. Não passou despercebido como alguns metros à frente Adrienne pegou a mão de Erika para andar, aquelas duas tinham alguma coisa?

O mais importante: Erika gostava de meninas?

Talvez elas andassem assim porque eram amigas, mas Hermione nunca tinha visto Frukke andar de mãos dadas com Susan ou Hannah. Mas algo que Erika havia mencionado também não passou despercebido, segundo Frukke, suas conversas, fora de seu círculo próximo, morreram assim que ela mencionou algo relacionado às criaturas e ela pôde perceber. Adrienne não perguntou sobre sua visita à cabana de Hagrid com os Pelúcios, ela apenas mudou de assunto para conversar a sós.

E talvez sozinha Erika conversasse o máximo que podia, talvez sozinhas elas também se deram as mãos. Sua mente começou a visualizar andar de mãos dadas com alguma garota sem rosto, para ela parecia certo, confortável até, mas se ela imaginasse andar de mãos dadas com qualquer garoto, como Krum, parecia... Estranho.

Ela realmente precisava conversar com alguém sobre isso.

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Um mês passou rápido e depois que o baile de Natal finalmente passou junto com todas as fofocas e lembranças, o novo tema, quase começando em fevereiro, foi a segunda prova. Cada vez que Cedric abria o ovo, ele soltava gritos tão agudos que faziam seus ouvidos doerem. Nada poderia ser entendido, mesmo que ele lançasse um feitiço para fazê-lo soar mais lento. Juntos com Cho, eles tentaram decifrar os detalhes gravados no ovo para ver se havia alguma pista, mas nada. Até Cedric perguntou a Erika se havia alguma criatura que põe ovos de ouro, ganhando um olhar como se dissesse 'Espero que você não esteja falando sério'.

Mas Moody deu-lhe uma pista ao mencionar que talvez ele não tivesse tentado fazer isso debaixo d'água, uma vez que o fez e ouviu a melodia, tentou decifrar a que se referia. Depois de quase uma hora ouvindo a melodia, ela lembrou que na aula o ex-professor de criaturas mágicas havia mencionado o povo da água e seu amor pela música.

— Você está me perguntando se o pessoal da água que mora no lago negro... Rouba? — Erika perguntou confusa.

Ela estava com seus amigos na sala comunal estudando, pilhas de livros estavam em uma das mesas do local, pelo que Cedric percebeu eles estavam estudando história da magia. O homem mais velho assentiu e ganhou outro olhar confuso da garota de olhos azuis.

— Não sei como funcionam essas comunidades, Ced, é um tema bastante ambíguo e interessante, mas não sei. — ela respondeu com um bocejo. — Por quê?

— Professor Moody me ajudou a decifrar o ovo, coloquei-o debaixo d'água e ouvi uma melodia, uma parte dela mencionava que eu tinha que recuperar algo que havia sido levado. — ele explicou, chamando a atenção de todos os quartanistas que estavam à mesa. — Se eles não roubam, o que você acha que é?

— Talvez seja algo como... Capturar a bandeira? — Justin tentou ajudar, todos olharam para ele de forma estranha já que nunca tinham ouvido falar de um jogo assim. — Ah, bom, você tem que completar um circuito onde o objetivo é recuperar a bandeira do seu time. Às vezes, por padrão, alguém do time adversário tem o que você precisa para vencer.

— Faz sentido. — Cedric murmurou. — Eles são violentos?

— Se falamos do lago negro, o mais perigoso são as lulas e talvez os Grindylows. — Erika respondeu casualmente. — Sabe, aquelas criaturinhas irritantes que andam por aí.

Cedric assentiu satisfeito e subiu para seu quarto com o ovo em mãos, os cinco o seguiram com o olhar e depois se entreolharam, pelo menos um peso havia sido tirado de seus ombros. Eles continuaram o estudo em silêncio, Justin e Erika foram os que tiveram mais problemas com a aula e tinham plena certeza de que Binns não hesitaria um segundo sequer em reprová-los.

Erika dividiu a semana de recesso entre passar um tempo com Cedric e seus amigos, enviar cartas de agradecimento pelo presente para Danielle e Penny, ir a Hogsmeade com Adrienne e ocasionalmente passear com Hermione no grande jardim atrás do castelo onde aconteciam as aulas de voo. Mas ter negligenciado seus estudos por alguns segundos pregou uma peça nela quando Snape e Binns mencionaram que se ela continuasse assim provavelmente seria reprovada em seus NOMs no ano seguinte, embora Snape tenha sido um pouco mais severo ao dizer-lhe que seu desempenho em poções era quase nível de troll.

Um pouco exagerado na opinião de Erika.

Como faltavam apenas algumas semanas para a segunda prova, ela decidiu se concentrar em melhorar suas notas, então começou a ir sozinha à biblioteca para estudar. Não que ela não gostasse de estudar com os amigos, mas preferia ficar sozinha de vez em quando e não irritar Ernie ou Susan. Ela não era a única que visitava a biblioteca, entre os alunos do quinto e sétimo ano as mesas ficavam lotadas quase todos os dias com alunos em grupos de estudo ou sozinhos como ela.

Um dia desses ela veio à biblioteca com a intenção de estudar estudos trouxas, as invenções eletrônicas eram um tema complicado para os bruxos e Erika não era exceção. Ela só conhecia o telefone, mas não como era usado e muitas outras coisas que não tinha ideia do que eram. Ela cumprimentou Madame Pince que estava arrumando alguns livros nas estantes no início e se dirigiu para a estante de estudos trouxas. Em cada aula ela se perguntava como eles poderiam viver sem magia porque cada coisa que via era mais complicada e emaranhada que a anterior.

Em uma das mesas no centro do corredor ela conseguiu ver alguns alunos do primeiro ano ao lado de Hermione, a Grifinória estava contando algo relacionado ao livro que ela tinha em mãos, os alunos acenavam com a cabeça para tudo o que ela dizia e alguns até olhou para ela estupefatos, fazendo Erika sorrir. Ela passou por aquela mesa e cumprimentou silenciosamente Hermione, que sorriu para ela e acenou com a cabeça em saudação. Erika chegou em uma mesa vazia que não durou muito, uma sacola pesada caiu ao lado dela, ela olhou para cima pensando que seria Hermione ou uma de seus amigos mas era apenas Pansy que a olhava séria.

— Como a vida está te tratando, Frukke? — Pansy perguntou, sentando-se, ignorando o olhar curioso do Lufa-Lufa.

— Por que você está sentado aqui? Tem muitas cadeiras livres. — Erika perguntou com curiosidade genuína fazendo Pansy olhar para ela monotonamente.

— Relaxa, só quero saber como você está. Ouvi dizer que Draco estava incomodando você, ele veio para a sala comunal chorando porque Diggory quase o matou segundo ele. — explicou a menina de cabelos negros, tirando seus livros. — Além disso, não conversamos depois da notícia do seu pai.

— Desculpe por isso... — Erika murmurou, olhando para seus livros. — Cedric não fez nada com Draco, ele teria merecido de qualquer maneira.

— Eu acho que sim. — a Sonserina respondeu com um pequeno sorriso.

Surpreendentemente, as duas cadeiras na frente delas se moveram para dar espaço para outras pessoas se sentarem, dois garotos da Sonserina sentaram-se como se fosse uma ocorrência cotidiana naquela mesa. Theodore Nott e Blaise Zabini cumprimentaram Pansy casualmente quase ignorando que Erika também estava lá, os três começaram a conversar sobre encantos e Erika ficou totalmente descrente. O que estava acontecendo? Por que ela de repente foi cercada pelos sonserinos? E mais dois com quem não falava desde os 9 anos.

Nott percebeu a presença de Erika e olhou para ela confuso, quase como se ela tivesse aparecido na mesa e não ele.

— O que Frukke está fazendo aqui? — Theo perguntou confuso.

— Ela estava aqui quando vocês chegaram. — Pansy respondeu com um suspiro.

— Ah.

Eles se cumprimentaram de maneira um tanto rígida e Erika começou a se sentir desconfortável, talvez ela devesse arrumar uma desculpa para ir embora, mesmo conhecendo-os daquelas reuniões de sangue puro e ex-Comensais da Morte que seu pai a levava, eles nunca se falavam muito, Erika ficava grudada em Pansy o tempo todo. Nott era um pouco caótico quando criança, enquanto Blaise não falava muito, apenas observar Theodore Nott, de seis anos, correndo pela sala onde seus pais conversavam enquanto tentava afastar Draco Malfoy de sua mãe era exaustivo.

Erika começou a guardar suas coisas silenciosamente tentando passar despercebida pelas três cobras ao seu redor, ela pensaria em uma desculpa quando perguntassem, mas estavam tão imersos em sua própria conversa que não notaram Erika saindo até Pansy olhar para ela quando ficou em pé.

— Você está indo embora?

— Obviamente ela está saindo, interrompemos o estudo dela. — Blaise disse como se fosse a coisa mais óbvia.

— Oh, tudo bem. A propósito, Frukke, aquela garota com quem você foi ao Baile de Inverno é de Beauxbatons, certo? — Nott perguntou curioso. Erika assentiu com curiosidade diante da pergunta repentina. Você e ela...?

— Ah, não... Nada disso. — Erika respondeu envergonhada, fazendo Theo e Pansy rirem.

— Tenha cuidado, Frukke. — Pansy murmurou séria, olhando para seu livro sobre a mesa. — Nós, cobras, identificamos um do nosso grupo...

— É por isso que quero falar com você! Ela estava linda naquela noite, mas nunca consigo encontrá-la sozinha. — Nott rosnou balançando a cabeça e depois olhou para Erika. — Você pode dizer a ela que quero conhecê-la?

Erika engoliu em seco, ela não tinha nenhum problema com isso, mas a questão era se Adrienne queria conhecer Theodore. Por mera cortesia, ela assentiu e pegando suas coisas, se despediu quase em um sussurro de Pansy, mais uma vez não conseguindo falar com calma, o que começava a incomodar a menina de cabelos negros.

A Lufa-Lufa encontrou uma mesa individual vazia e sentou-se imediatamente, ter estado com pessoas que não conversavam muito a deixou nervosa e ela até ficou um pouco chateada, aqueles dois foram tão imprudentes em sentar onde Pansy estava sem perceber que não estava ​​sozinha e o quanto eles poderiam incomodar. Ela pegou seu livro novamente e começou a ler, anotando as definições dos artefatos que não entendia. O que diabos era um telebison? Parecia que eles também usavam magia para conseguir colocar as pessoas dentro do que parecia ser uma caixa, por que fariam isso? O mesmo aconteceu com os macropondas que, segundo o livro, serviam para aquecer alimentos de uma forma estranha.

— É microondas. — disse uma voz atrás dela.

Em vez de surpreendê-la, ela ficou novamente irritada por ter sido interrompida durante seu estudo, ela se virou e viu Hermione ao seu lado com um livro nas mãos. Com vergonha de ter escrito horrivelmente errado o nome daquele aparelho, ela rapidamente apagou e corrigiu a escrita, alguns não perceberam e outros perceberam demais. Em outra ocasião iria estudar na torre de astronomia.

— Se quiser posso te ajudar, não é nenhum trabalho extra para mim por motivos óbvios. — Granger disse quase brincando.

Erika pensou um pouco, ficou um pouco envergonhada de pedir ajuda ao Justin com o dever de casa já que queria aprender sozinha, mas se ela já tinha errado só de escrever algo que já estava bem escrito em um livro, talvez ela precisava de uma cabeça trouxa para ajudá-la. A garota de olhos azuis aceitou relutantemente a ajuda e Hermione sentou-se na cadeira sem problemas.

Se aproximou para ver o que elas estavam olhando especificamente. O cheiro de frutas vermelhas do perfume de morena invadiu o espaço pessoal de Erika, era um aroma agradável e algo que passaria por sua cabeça se alguém lhe fizesse a pergunta estúpida de como é o cheiro de Hermione Granger.

Hermione explicou-lhe detalhe por detalhe o que era cada eletrodoméstico e como ele ajudava no dia a dia dos trouxas, era totalmente compreensível porque aqueles primeiranistas olhavam para ela com admiração quando ela explicava, ela fazia parecer tão fácil com a maneira como falava e contando o que estava acontecendo no livro, mas mais extenso e fácil de entender. Ela não optou pelo simples e curto, mas pelo simples e compreensível.

— E eles não estão literalmente dentro, mas é uma coisa chamada transmissão, mas explicar como tudo isso funciona te confundiria ainda mais. — Hermione terminou de explicar depois de quase trinta minutos de aulas improvisadas.

Erika assentiu, notando que fazia muito sentido e ainda mais com as alegorias do mundo mágico que Granger usava para facilitar a compreensão de como tudo funcionava.

— Você é definitivamente a bruxa mais inteligente do nosso ano. — a Lufa-Lufa murmurou com um pouco de espanto.

— Não... Não sei quem começou a me chamar assim. — ela respondeu de repente sentindo-se envergonhada.

— Certamente os professores reconhecem o potencial quando o veem. — Erika respondeu sorrindo enquanto guardava seus livros. — Obrigada pela ajuda, você não precisava fazer isso.

— Acho que sim, não consegui imaginar você escrevendo macropondas em um trabalho de estudos trouxas quando eu sabia que estava horrivelmente escrito. — Hermione imediatamente respondeu com um sorriso zombeteiro.

Erika revirou os olhos divertida, fingindo aborrecimento e ficando ao lado de Hermione. Ela pendurou a bolsa no ombro, olhando para a grifinória que parecia querer lhe perguntar algo.

— Você sabe se Cedric já tem a pista para o segundo teste?

Erika assentiu e Hermione bufou de frustração, a Lufa-Lufa franziu a testa em confusão com o rosto um tanto irritado da garota à sua frente.

— Harry ainda não descobriu! Ele parece muito relaxado quando o teste é daqui a algumas semanas, estou mais preocupada do que ele. — Hermione retaliou resmungando para não gritar na biblioteca enquanto apoiava a mão em uma das mesas, carregando seu peso para aquele lado. — Realmente... Tudo no último minuto.

— Por que ele não pergunta ao Cedric? — Frukke perguntou confuso, isso não seria o óbvio?

— Porque ele não gosta de pedir ajuda, tem que ajudá-lo à força. — Hermione explicou sentada à mesa cruzando os braços.

Erika olhou para Hermione de forma complicada, se dependesse dela ela diria a Hermione como ajudar Harry mas ela não sabia, e mesmo sabendo que também não faria isso, Cedric estava tentando descobrir há dias e contar a Potter a resposta em um prato era muito fácil e não era justo.

— Não estou te contando isso para que você possa me contar o que Cedric lhe contou. — Hermione esclareceu rapidamente como se tivesse lido a mente de Erika, assustando-a. — Eu só queria conversar com alguém sobre isso e confirmar que Harry ainda não descobriu.

— Krum está com isso? — Erika perguntou inconscientemente, a pergunta saiu de sua boca sem pensar por nenhum motivo.

Hermione olhou para ela com uma sobrancelha levantada, o que Krum tinha a ver com a conversa?

— Acho que não estamos falando do torneio. Bem... Não conversamos muito agora. — ela murmurou, diminuindo o volume da voz a cada palavra.

Erika assentiu, decidindo não fazer mais perguntas e deixou a biblioteca sozinha. Hermione tinha que ajudar um garoto do segundo ano da Corvinal com uma tarefa de poções, então ela ficou lá pensando em uma maneira de ajudar seu melhor amigo.

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O corujal não era um local muito movimentado quando fazia frio, as escadas congelavam facilmente causando acidentes e ninguém quer cair graças ao gelo que poderia facilmente ter sido evitado. Aquela semana foi a semana da segunda prova do torneio tribruxo, Cedric passou semanas se preparando com a ajuda do Professor Flitwick já que usaria o encantamento capacete bolha para poder respirar sem problemas debaixo d'água já que, após terminar de decifrar corretamente o enigma após o canto do ovo, eles conseguiram determinar que ele tinha que nadar debaixo d'água e que o tempo era o limite para fazê-lo. Praticar feitiços defensivos também tinha sido uma prioridade para o amigo nas últimas semanas, mas faltando dois dias para a prova ele decidiu relaxar e não ficar tão nervoso. Uma mente calma era o que ele mais precisava se quisesse que tudo corresse bem.

Quando entrou no corujal Erika esfregou os braços, o vento estava fresco e ela queria muito poder mandar uma carta em um dia mais quente mas não conseguiu, tinha que mandar sua carta semanal para Danielle. A mais velha havia lhe pedido aquele pequeno favor depois que a notícia do pai veio à tona, ela queria ter certeza de que nada de estranho estava acontecendo na escola mas o mais importante era saber como ela se sentia.

Alguns trabalhadores olharam mal para Danielle quando a notícia foi divulgada, pessoas de fora do escritório dos aurores não tinham o passado dela o que causou total desconfiança. Rufus Scrimgeour, chefe do escritório dos Aurores, acalmou a população trabalhadora ao decidir que Frukke era totalmente confiável para trabalhar no lado certo da magia e que tanto ele quanto seus colegas confiavam nela.

Erika encontrou sua coruja, Beau, e entregou-lhe sua carta pedindo-lhe que a levasse com cuidado para sua irmã. A coruja voou rapidamente com a carta no bico e por sua vez a Lufa-Lufa saiu da torre, desceu as escadas com cuidado encontrou Cedric que a acompanhou depois de ir deixar Cho para o treino de Quadribol.

— Você enviou sua carta pedindo seu presente de aniversário? — Cedric perguntou brincando enquanto caminhavam até a ponte coberta.

— Claro, e por falar nisso, enviei a ela sua assinatura agora que você é famoso. — a mais nova respondeu sarcasticamente, ganhando um leve empurrão de Diggory.

— Quando você vai comemorar seu aniversário?

Erika pensou bem, seu aniversário era dia 29 de fevereiro, o que significava que, quando os anos fossem normais, ela teria que escolher entre 28 de fevereiro ou 1º de março para comemorar. Durante anos ela odiou seu aniversário porque mais de uma pessoa ria ou sentia pena dela, às vezes ela se perguntava por que não poderia ter esperado alguns dias ou mais para nascer e se poupado de todo aquele problema.

— 28, como sempre. — Erikw respondeu. — Por quê? Você tem uma festa surpresa preparada para mim este ano?

Cedric riu e balançou a cabeça divertido. — Por que não? Você está completando 15 anos, certo?

— Sim, o que há de tão especial nisso?

— É seu aniversário.

— É só mais um ano. — ao ouvir isso, Cedric suspirou, não passando despercebido pela garota de olhos azuis. — O que mais você espera de mim? Quando você convive com um pai abusivo durante toda a sua infância e que não se importa com nada além do fato de você ser boa em magia, você não gera apreço até hoje.

— Você tem razão, mas é por isso que comemoramos seu aniversário durante todo esse tempo, para que você possa valorizar seu nascimento. – explicou o menino alto, parando, Erika se virou para olhá-lo e notou sua expressão séria. — Queremos você aqui, Eri.

Erika engoliu um nó que se formou em sua garganta, Cedric estava certo. Embora ela não fosse muito apegada ao seu aniversário a ponto de seus amigos só descobrirem no segundo ano o dia do seu aniversário graças a um presente enviado por Danielle, mas desde aquele dia seus amigos e Cedric comemoraram seu aniversário de formas diferentes. No segundo ano eles improvisaram um piquenique em um dos pátios, no terceiro ano eles fizeram algo na sala comunal já que não podiam sair por causa daquela coisa toda solta do Sirius Black, aquele ano foi tranquilo dando a oportunidade para seus amigos se prepararem o que eles queriam aconteceu com eles no aniversário deles.

Ela piscou algumas vezes e se virou novamente para continuar seu caminho, deixando Cedric entender que era o fim da conversa sobre o assunto. Eles caminharam em silêncio chegando até a ponte de madeira, Cedric cumprimentou algumas pessoas que conversavam com ele, em determinado momento, na entrada da ponte, alguns meninos começaram a conversar com Diggory e Erika ficou em silêncio esperando eles terminarem a conversa sobre Quadribol para o ano seguinte.

Ela começou a olhar ao redor, estudantes lendo, conversando, casais se abraçando e assim por diante, coisas típicas do dia a dia. O que chamou sua atenção foi ver Harry e Hermione entrando na ponte, Granger parecia um pouco desesperada falando algo para o garoto de óculos até que os dois pararam em uma das janelas olhando para as montanhas, lá ela se lembrou que Hermione havia contado a ele sobre Harry ainda não decifrando o ovo. Faltavam dois dias, talvez Harry já tivesse descoberto?

A conversa entre Cedric e os meninos terminou, eles se despediram dele e de Erika, finalmente deixando-os livres para socializar.

— Ei... Há alguns dias Hermione me disse que Potter ainda não tinha entendido a coisa do ovo. — ele começou a falar em um sussurro.-

— Realmente? — ele perguntou surpreso, pensou por alguns segundos e depois olhou para Harry. — Talvez eu devesse perguntar a ele, estou em dívida com ele quando ele me contou sobre os dragões."

Cedric começou a se aproximar e Erika fez o mesmo, Diggory começou a chamar Potter e ele, um pouco relutante, se aproximou de Cedric. Erika ficou longe e viu Hermione se aproximar com um leve sorriso. O Grifinório veio até ela e então olhou para os dois garotos conversando.

— O que Cedric precisa? — Hermione perguntou.

— Ah, ele quer saber se já abriu o ovo. Eu contei a ele o que você me contou há alguns dias e ele quer retribuir o favor. — Erika explicou coçando a cabeça nervosamente.

Hermione sorriu para ele, foi uma ação bastante gentil por parte de Erika e Cedrico, os dois poderiam simplesmente permanecer em silêncio e deixar Harry em paz, mas Cedrico retribuiu o favor e Erika decidiu ajudá-lo sem esperar nada em troca, já que eles estavam juntos. a mesma equipe de acordo com ela. O dia estava frio e Hermione notou que o nariz da Lufa-Lufa estava levemente vermelho na ponta por causa do vento gelado, suas mãos estavam nos bolsos do roupão e ela usava um gorro de lã cor de metal. Eu não tinha notado isso antes, mas os olhos azuis de Erika pareciam mais brilhantes no tempo gelado.

A conversa dos dois garotos terminou e Cedrico se aproximou com um sorriso, olhou para Hermione com curiosidade e a cumprimentou. Lá Erika percebeu que nunca tinha visto aqueles dois conversando.

— Olá. — Cedric cumprimentou, mantendo o sorriso.

Hermione olhou para ele e sorriu, apertando os lábios para cumprimentá-lo, era engraçado nos olhos do Lufa-Lufa.

— Vejo você no segundo teste. — Hermione se despediu um pouco tímida e depois olhou para Cedric. — Uhm... Sorte.

Com isso ela se afastou rapidamente, deixando os dois amigos da Lufa-Lufa para trás. Cedric olhou para Erika que assistiu Hermione sair até ela desaparecer de vista, quando a garota de olhos azuis olhou para frente novamente ela encontrou o olhar estranho de Cedrico.

— O que?

Cedric balançou a cabeça e encolheu os ombros sem dizer nada, sabendo o que isso faria no fundo. Ele se virou para continuar seu caminho e Erika olhou para ele com total indignação. Durante todo o caminho de volta ao castelo ela perguntou por que ele estava olhando para ela de uma forma estranha e a resposta sempre foi silêncio ou um simples 'não'. Não sei do que você está falando.

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